“E,
tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe
nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa.
E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam. Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos claramente”. (Marcos 8.23 a 25)

Árvores não sentem medo, ódio ou precisam de coragem para avançar.
Árvores não carecem de perdão, nem de remissão dos pecados.
Elas não
pecam. Árvores tiram alimento do solo e do sol, elas não precisam ir ao
supermercado com dinheiro para comprar comida e nem morrem desnutridas
por falta dele. Árvores não precisam de cobertores nas noites frias de
inverno.
Elas não têm sangue para congelar. Árvores não ficam esperando por
misericórdia nas longas filas dos atendimentos médicos. Árvores não
assaltam, não mentem e não se ofendem ainda que alguém fira seu tronco
por causa de uma “estúpida” declaração de amor. Árvores não correm para o
mal, aliás, elas nem mesmo correm! Árvores não blasfemam, não murmuram e
não xingam nem mesmo o time alheio…
Aquele homem precisava do segundo toque do Mestre para enxergar a
realidade que o cercava. Então, Jesus o tocou novamente e assim ele
ficou definitivamente restaurado, vendo como se deve ver.
Aqueles velhos jogados na rua fria não são árvores. O jovem preso nas
drogas não é uma árvore. A mulher espancada sistematicamente não é uma
árvore. O mendigo que come o resto do nosso lixo não é árvore. As
crianças abandonadas não são mudinhas de árvores! Precisamos ter
coragem, pedir o segundo toque de Jesus e abandonar o conforto da visão
deformada. O princípio da compaixão é a empatia que temos pelo próximo.
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (Marcos 12.31)
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