Jesus lava os pés dos apóstolos.
Atenção: a imagem acima correponde à arquitetura de um palácio europeu. Realidade bem distante de uma casa de uma família judia em Jerusalém.
Muitos anos antes da época evangélica o povo judeu era escravo no Egito. Então Deus, através de Moisés, o livrou da escravidão e o levou à “terra prometida”. Moisés, assim como Davi, Abraão, Jacó, foram líderes que conduziram seu povo. Foram chefes políticos, que ajudaram a fundar e a estruturar a consciência judaica. Foram líderes de um povo, de uma nação.
A maioria dos profetas do Velho Testamento descreveu este mesmo caminho. A palavra comum (ao analisar o Messias que viria) era um líder triunfante, um chefe. Ele conduziria seu povo à liberdade e derrotaria seus dominadores.
Isaías foi um profeta que descreveu o Messias sem a “roupagem” do poder e do triunfo político. Ele descrevia um Messias místico, que falava e vivia o sentido mais profundo e atemporal de Deus. Um Messias que sofreria por causa da ignorância dos homens.
Quando Jesus nasceu a Palestina estava sob o domínio do império romano. O povo judeu desejava ardentemente a liberdade. Muitas revoltas já haviam acontecido e iriam acontecer nesta província. Mais do que nunca a palavra Messias era associada à idéia de libertação das leis romanas. Um Messias verdadeiro seria um Messias guerreiro que iria libertar seu país e ser seu rei.
Aqueles que seguiam Jesus, que viam seus milagres e percebiam autoridade em Sua fala, não tardaram a confundi-Lo com esse Messias guerreiro/estadista. Eles sabiam que Ele tinha poder. O que restava era saber quando Ele iria assumir a liderança do Seu povo e tomar o poder. Mas isto Jesus não fez. E muitos foram os que se decepcionaram.
Estes, que se decepcionaram, não queriam que Jesus fosse Ele mesmo, que seguisse Seu Sagrado Caminho. Eles queriam que Jesus fizesse o que o povo esperava que fosse feito pelo “verdadeiro” Messias. Mas Jesus não se desviou do Seu caminho, não permitiu que o orgulho, a vaidade e a sede de poder O dominassem. Ele disse: “Eu vim para servir.”
Muitos, milhares, chegaram a acreditar que Jesus pudesse ser o rei-libertador da pátria. No domingo anterior à Páscoa Jesus entrou em Jerusalém com a multidão em êxtase. Eles O receberam de braços abertos, gritaram e idolatraram-No. Mas estes milhares não queriam seguir o caminho de Deus. Apenas queriam que Jesus realizasse a vontade deles mesmos: que fosse criado um novo reino Judeu soberano. Jesus deveria cumprir a vontade de quem? Do povo ou de Deus? Jesus sabia que o Caminho a ser escolhido deveria servir para todos os povos, em todos os tempos.
Em vez de criar um reino que logo se corromperia e seria tão opressor como os outros, Jesus preferiu nos deixar Sua história, palavras e exemplos como testamento. Sua vida serviria de Luz para guiar a humanidade. Não só um povo, mas todos os povos, em todas as épocas.
Jesus pagou um preço por não ter feito o que os homens queriam. A idolatria se transformou em raiva ou em frieza do coração. Assim, apenas os mais próximos e os amigos choraram sua morte. A cidade assistiu o drama da crucificação entre indiferente e hostil.
Comentário: apesar de todos os problemas é nos países cristãos que encontramos o maior nível de respeito aos direitos humanos, à democracia, à liberdade de pensamento. É também nos países cristãos que encontramos os maiores movimentos ecológicos, a maior quantidade de ONGs para ajudar aos próximos. É nestes países que a luta contra o despotismo, corrupção e discriminação às mulheres estão mais desenvolvidas. Isto é um dos frutos das palavras e do exemplo do Mestre Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário